Texto básico: João 5:1-19 – A cura
junto ao tanque de Betesda; Mateus 14:34 – 36 Jesus em Genesaré.
Na leitura em Mateus,
observa-se que na cidade de Jerusalém, as pessoas estavam paralisadas pelo
desejo de entrar no poço (tanque de Betesda) cujas águas seriam movimentadas
pela suposta chegada de um anjo que viria a qualquer hora. Esse motivo levava
as pessoas a não desviarem os olhos das águas, a tal ponto que nem sequer se
importavam com o que ocorria ao lado, afinal de contas, apenas o primeiro que
entrasse no poço seria curado, e todos queriam ser esta única pessoa.
Jesus, ao chegar no
local, encontra um homem que ali permanecia há trinta e oito anos. Jesus então lhe
pergunta: “quer ser curado? Note que Jesus não lhe pergunta “quer ser salvo?”,
“espiritualmente” falando.
Diante das condições
daquele homem, nos parece óbvio que sua resposta seria “Sim!!!!” Porém,
foi: “Não tenho ninguém que me ajude!”.
Ele já havia desistido de alcançar a cura, pois a individualidade, o egoísmo e
a concorrência eram grandes.
O desejo de cada uma
daquelas pessoas em ser o primeiro a tocar naquelas águas, exatamente no
momento em que o anjo descesse, levava-os a não serem solidárias umas com as
outras. Cada um buscava seus interesses em primeiro lugar.
É interessante perceber
que o homem não disse: eu “não consigo”; ele disse, “não tenho quem
me ajude”.
Naquela cidade
(Jerusalém), naquele local (Betesda), o egoísmo, individualidade e a
indiferença tomaram conta de cada uma daquelas pessoas de uma forma tão grande,
que já não se fazia mais julgamento de quem era o mais necessitado. Todos
queriam ser o primeiro! Todos queriam ser beneficiados pelo mover das águas!
Mas Jesus, como agiu
Jesus diante daquele homem?
Jesus, compadeceu-se e
disse: “Levante, toma tua cama e ande”!
Observe que Jesus só se dirigiu a ele porque ele já havia desistido de esperar
pelo poço e deu atenção ao homem que acabará de chegar, Jesus! Ou seja, se
tivesse mantido seus olhos fixos nas águas de Betesda teria perdido a
oportunidade de encontrar-se com o médico dos médicos.
Os demais… bem…
esses estavam preocupados consigo mesmos, sem nem sequer dar atenção ao
paralítico que ali estava há muito tempo, quanto mais desviar o olhar para
alguém que acabara de chegar. Um provável concorrente, mais um para atrapalhar,
afinal, um único segundo de distração poderia ser o suficiente para desviar a
atenção do poço, levando-os a ser mais um dos que “perderiam da benção”!
Note que Jesus passou
desapercebido pela grande multidão, que lá ficaram esperando pelo milagre.
No contexto da leitura
referente a Genesaré (Mateus 14:34 – 36), Jesus ao chegar na cidade é
imediatamente reconhecido, o que indica que no mínimo já tinham ouvido falar de
Jesus, ou quem sabe, alguns deles já haviam recebido bênçãos ou visto seus
feitos.
Porém, independente
destas possibilidades, uma coisa é certa, foi necessário olhar para quem
chegava à cidade, foi necessário dar atenção à Jesus, para então reconhecê-lo.
Em seguida, estes
homens, movidos pelo amor ao próximo, livres do egoísmo, da individualidade e
das preocupações em torno de suas próprias necessidades, espalham a notícia em
toda a região.
O texto nos diz que eles “espalharam a notícia em toda aquela região e lhe
trouxeram os seus doentes”, ou seja, saíram anunciando a fim de
que TODOS pudessem conhecê-lo. Além disso, considerando a
grande multidão, pedem que possam apenas tocar suas vestes e assim, como um
símbolo de expressão da fé que nele tinham, fossem curados.
Ao contrário do que
ocorreu no poço de Betesda, onde a multidão que não se importou com um homem
que há 38 anos buscava ajuda, em Genezaré, a atitude era de solidariedade a tal
ponto, que desejavam que todos fossem avisados da presença de Jesus e
desfrutassem de sua graça e misericórdia, sendo curados.
Nossa sociedade está
como em Betesda, doente, e necessitando de cura, porém, muitos ainda permanecem
olhando para o “poço” que supostamente lhes proporcionará um milagre em suas
vidas. Pais que perguntam: “Onde foi que nós erramos?”
O grande erro está em
não reconhecer Jesus.
Não percebem a presença dele, não O vê se aproximando para muda-los. Estão com
olhos fixos em “poços” como: internet, redes sociais, sites
pornográficos…
É necessário que levemos
a esta sociedade a boa notícia, a notícia de que: “O Senhor Continua na
Cidade” E o mais importante, é que Jesus está à espera deles!
Precisamos, assim como o
povo de Genesaré, avisar a toda a
circunvizinhança e trouxeram-lhe todos os enfermos. Eles não somente
avisaram, mas trouxeram de todos os lugares. Veja o poder de influência para
levar a eles uma esperança verdadeiramente eficaz, que é Jesus Cristo.
Mas nossa atitude é avisar que vem o cantor A ou B e já entra num “frizon”, se
articula, chama outros, desmarca compromissos, falta aula e corre, chega cedo,
escolhe os melhores lugares para chegar perto do “poço” e ficar ali aguardando
o anjo mover as águas quando Jesus não esta no poço, esta fora e não é notado
por ninguém.
Ei! Jesus está na
cidade, o que você esta fazendo para divulgar isso? Quantos você está trazendo
para se encontrar com Ele e ter sua vida mudada? Você pode até saber disso, mas
há milhares de pessoas na cidade, que ainda não sabem!
O que eu e você, vamos
fazer a respeito disso?