Texto básico: Tg 3.1,2a
Pastores, líderes, discípulos e discipuladores precisam ser mestres em reconciliação liberando perdão e pedir perdão. Seremos julgados com maior rigor e se não soubermos como resolver isso (Tg 3:1,2) perderemos nossa autoridade espiritual e moral para liderar, ensinar e discipular as pessoas. Precisamos entender o grande poder espiritual do pedir e liberar perdão.
De forma geral, nada pode mudar o passado. Nossos erros, pecados e defeitos já revelados deixaram marcas e sequelas, às vezes profundas, especialmente em nossas famílias e as pessoas mais próximas a nós. Mas existe uma ferramenta ou arma espiritual que pode mudar o passado! O perdão. O perdão quando for autêntico, espiritual e divino, acaba tendo o poder de levarmos a reinterpretar o passado e perceber Deus agindo ainda através de nossas falhas ou as falhas de outros.
Foi isso que aconteceu com José quando no quarto choro dele, ele liberou a dor com gritos, tirou a máscara e se reconciliou com seus irmãos (Gn 45.1-4). Até ali, lembrar do passado trouxe apenas dor para ele (Gn 42.9). Mas, havendo resolvido sua dor e perdoado seus irmãos para se reconciliar com eles, ele começou a perceber o passado de forma diferente. Quatro vezes ele declarou que Deus estava no meio de todos os acontecimentos ruins do passado, agindo com propósitos eternos (Gn 45.5-9). Ele mudou de ser amarrado pelo passado para ser abençoado e liberado por ele. Os fatos históricos não mudaram, mas sua perspectiva e o poder desses fatos mudaram dramaticamente.
Quantas vezes ouvimos outros dizerem, ou nós mesmos dizemos, que pedimos perdão, mas nada mudou. Ou que outra pessoa pediu perdão, mas nada mudou. Sem perceber, estamos reconhecendo que temos a “aparência de piedade, mas negando o seu poder” (2 Tm 3.5). “O Reino de Deus não consiste de palavras (de perdão), mas de poder (de perdão)” (1 Co 4.20). Eu acrescentei os parênteses. A razão que nosso perdão não é eficaz e poderoso é porque pedimos errado. Como Tiago diz, “Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados…” (4.3).
Na próxima semana veremos três princípios de como pedir perdão para que seja realmente autêntico, espiritual e divino com efeitos transformadores.