Todo sofrimento é um choque emocional que se torna um catalisador de dores que vai somatizando no corpo. Você, por certo, sabe o que é uma enfermidade psicossomática, não é mesmo? São mentes adoecidas que somaram tudo no corpo. Toda dor emocional elege um órgão, ou vários órgãos, para adoecer o físico. Você sabe que “as emoções se alojam na carne”. Por isso, temos visto muitas pessoas que são sobreviventes das suas guerras, mas estão ainda ouvindo o sonido dos mísseis na sua mente. Quando olhamos para Jesus, EXPERIMENTADO EM SOFRIMENTO, nos perguntamos: “Qual o propósito disso?”. Bem, por trás de cada ideia divina, por mais incompreensível que seja, existe um destino glorioso para que o homem cresça nEle. “Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o Príncipe da salvação deles. Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos.” (Hebreus 2:10,11)
O princípio da salvação é ser experimentado em sofrimento, por isso, por trás de cada dor há um milagre sendo gerado. Conheço algumas pessoas que, dentro dos seus limites humanos, já passaram por provas que até mesmo os injustos homens consideram demasiadas. Então, existem pessoas que têm um limite de fé e resignação que são a diferença por onde passam, e se tornam testemunhas de uma aflição que não é normal a um mortal, e seu testemunho anima a fé de outros tantos. Você conhece alguém assim? Em particular, eu conheço algumas pessoas que meu coração se enche de misericórdia com a dor que elas sentem. Isso mostra que precisamos ser empáticos e dar a nossa contribuição e parcela de socorro. Quando a Palavra expressa o tamanho do sofrimento de Jesus, nós ficamos compadecidos – “empáticos” – mas não atingimos a expectativa de mensurar como foi esse sofrimento. “Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam da vossa boa conduta em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito.” (I Pedro 3:16-18).
Certo dia, vendo o filme “A Paixão de Cristo”, questionei a brutalidade que estava sendo ali estampada na tela do cinema. Vi o filme na perspectiva histórico-teológica e emiti uma crítica: “Ele não sofreu assim!”. Fiquei indignado com tamanho sarkozismo! Voltando para casa, o Espírito Santo me ministrou: “Não foi assim! Foi muito mais profundo!”. Eu entrei em uma guerra interior, pedi perdão ao Senhor e comecei a ler e pesquisar sobre a profundidade do sofrimento de Jesus. E confesso: Ainda não consigo atingir o alvo e a meta incomensurável desse sofrimento; está para além do nosso entendimento. Não quero subestimar sua dor, mas de uma coisa eu sei, essa dor que você está, ou estava sentindo, também estava nEle. Quando você tiver uma crise, lembre-se: Ele é experimentado em dores e vai, com certeza, trazer o bálsamo para sua vida. O meu e o seu sofrimento estão computados nEle. Você crê?