Texto básico: Sl 1:1; Jo 15:12-17
C. S. Lews comenta em João 15:15-16 dizendo que não escolhemos nossos amigos; Deus os escolhe para nós. Possivelmente, é um pouco parecido com as escolhas que levam a um casamento – o individuo escolhe ou é escolhido? Dependendo da perspectiva, pode-se responder de qualquer uma das duas formas. Jesus chamou para si “os que ele mesmo quis” (Mc 3:13). Ao mesmo tempo em que reconheceu que esses foram os “homens que me deste do mundo”, falando para seu pai (Jo 17:6).
No discipulado há cinco processos de escolha que Jesus usou para selecionar os discípulos.
1. Encontros divino – encontros pessoais em que a vida de alguém é marcada por a pessoa receber sabedoria, direção ou poder de Deus pela ajuda de outra pessoa (Lc 5:1-11).
2. Padrões divinos – quando a visão, o compromisso e o ritmo de vida de várias pessoas coincidem – Mc 1:16-18
3. Altas exigências – procurando pessoas que nos ajudarão a nos tornar mais como Jesus (Lc 9:23-26)
4. Discernimento quanto a quem responde a sua voz, realmente ouve e entende voce (Pv 2:1-6)
5. A oração, confirmando os nomes dessas pessoas com o Pai (I Sm 16:6-7).
Sl 1:1 – começa com “Bem aventurado” – Significa mais que felizes, já que a felicidade muitas vezes se baseia em circunstancias. Refere-se a um profundo sentido de bem estar e alegria. É uma alegria de dentro e por fora – … tudo que ele faz será bem-sucedido. (v.3 b). Os três verbos são progressivos: andar (alinhar-se), deter-se (parar ou posicionar-se) e assentar-se (identificar-se).
Nos identificamos e passamos a ter cada vez mais próximo, fazendo parte de nosso dia a dia. Jo 15:15 – Já não chamo vocês de servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz, mas tenho chamado vocês de amigos…
Como Lews disse que Deus escolhe os nossos amigos, temos um presente incrível. A amizade divina procede do transbordar da vida de Deus. Isto se aplica ao casamento, ao relacionamento com nossos filhos, sejam espirituais ou de sangue, como também a companheiros que Deus nos dá como presentes.
Nossos amigos e colegas podem ter uma profunda influência sobre nós, frequentemente de maneiras muito sutis. Se insistimos na amizade com os que escarnecem do que Deus considera importante, podemos vir a pecar, tornando- nos indiferente à vontade dele e isso corresponde a zombaria. Seus amigos edificam a sua fé ou abalam-na? Os verdadeiros amigos devem ajudar-nos a
tornarmo-nos mais íntimos de Deus, não dificultar esse processo.