“Reunindo os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para curarem doenças; e enviou-os a pregar o reino de Deus, e fazer curas (…) Saindo, pois, os discípulos percorreram as aldeias, anunciando o evangelho e fazendo curas por toda parte”. (Lc 9:1-6)
“Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar; e passou a noite toda em oração a Deus. Depois do amanhecer, chamou seus discípulos, e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos”. (Lc 6:12-13)
Vemos aqui duas ênfases que Jesus dá: uma para o governo dos Doze e outra para a execução do Governo. Ele começa dizendo que vamos expelir demônios, curar enfermos, limpar os leprosos, ressuscitar os mortos. Jesus mostra que o governo tem uma tarefa além da grande comissão de ganhar. Existe a tarefa de executar os milagres do Reino. O M12 não é só uma chamada para ganhar vidas, mas para executar esses milagres. É extremamente gratificante quando estamos trabalhando e vendo que Deus está nos respaldando, e um dos respaldos visíveis é a manifestação dos milagres de Deus. Todos nós queremos ter um ministério de milagres.
Muitas pessoas precisam utilizar-se do seu próprio “eu” para que as pessoas que caminham com elas comecem a credibilizá-las. Essas pessoas vivem dizendo que foram elas que oraram para que alguém ficasse curado, para que alguém recebesse um milagre…
Observamos então que nessas curas há muito mais do ego do que da atuação de Deus. Essas pessoas querem que haja curas somente para provarem que seu ministério já é um ministério de cura. Na Bíblia nenhum dos discípulos de Jesus fazia propaganda das curas anteriores, porque já era um tempo passado. Hoje, as pessoas pegam a cura anterior para respaldar o seu testemunho. Quando os discípulos vieram contar a Jesus sobre os milagres que aconteciam por intermédio deles, Jesus cortou logo a conversa mostrando que a alegria deles não devia estar nessas coisas e sim no fato dos seus nomes estarem escritos no livro da vida (Lc 10:20).
Quais as consequências para alguém que tem o nome escrito no livro da vida?
1) A certeza da salvação. Esta certeza é mais que uma afirmação, é viver a salvação diariamente. Não é viver uma salvação acidental que vivemos circunstancialmente. Se somos salvos, testificamos de quem somos e em quem estamos. Somos regenerados em Cristo Jesus e estamos nEle.
2) A consciência de uma missão: Jesus nos chamou para resgatar vidas. Nessa missão devemos plantar nas pessoas a alegria da salvação, fazendo manifesto o Reino de Deus e Sua justiça, levando a consciência de que cada um está vivendo uma plenitude de vida. Se tenho essa missão, devo encontrar cada pessoa na sua debilidade, ministrar-lhes a alegria da salvação e trazer-lhes libertação, cura, limpeza e ressurreição. Tenho que saber qual o ponto de contato do inimigo, descobrir onde há enfermidade, saber se existe uma lepra espiritual, se existe uma morte espiritual. Então, devo ministrar a eles a libertação, a cura, a ressurreição (Ef 2:1-10, Rm 6:1-4). A nossa missão no Governo é deixar os discípulos sem nenhuma pendência. Precisamos marcá-los com a vida de Deus.
Continua…