ARREPENDIMENTO – PARTE II

 (II  Co 7:9-10)

Paulo escreveu isso para a Igreja, não para o mundo. Arrependimento é para o mundo tanto quanto o é para a Igreja. Nessa passagem, “arrependimento” vem da palavra grega metanoia  que significa “mudança da mente”.

Deus não está procurando somente arrependimento de pecados, as uma mudança de mente e de coração através do processo de pensamento que tolera essa maneira de viver.

Ele quer que nos arrependamos do caráter que alimenta o pecado.

Arrependimento é mais do que se desculpar por alguma coisa feita. Paulo disse que há uma tristeza que não produz arrependimento, mas a morte! Nem todas as tristezas são piedosas.

Nem todas as lágrimas são motivadas or um arrependimento genuíno.

Através do verso acima, entendemos que há um tipo de tristeza (do mundo) que nos leva à morte, e outra tristeza (piedosa) que nos leva à vida.

Qual é a diferença entre “a tristeza do mundo e a tristeza piedosa”? a diferença é simples: a tristeza do mundo focaliza você, enquanto a tristeza piedosa focaliza Cristo.

A tristeza de acordo com o mundo se preocupa com as conseqüências resultantes do pecado, não com o fato de que o pecado tem nos separado do coração de Deus.

Quando uma pessoa está preocupada em como o pecado pode afetar seu status, seu bem estar, sua posição ou reputação, não é uma tristeza piedosa. Isso produz um enfoque egoísta, que leva aquela pessoa, cada vez mais, a um estado de endurecimento do coração! Isso, mais cedo ou mais tarde, leva à morte!

Para ilustrar essa diferença, vamos examinar a vida e os motivos do rei Saul e do rei Davi. Deus ordenou a Saul que atacasse Amaleque e destruísse totalmente tudo o que tivesse.

Ele tinha de matar homens, mulheres, crianças, bebês, gado, ovelhas, camelos e burros. Saul foi para a guerra, entretanto ele trouxe o rei Amaleque vivo e ficou com o melhor do gado, das ovelhas, dos animais confinados, dos cordeiros e com o que era bom, sem destruir tudo.

Então, a Palavra do Senhor veio ao profeta Samuel sobre a desobediência de Saul à ordem de Deus. Samuel o confrontou porque em seu coração não havia arrependimento.

Saul se defendeu dizendo que havia feito tudo o que Deus lhe havia ordenado. Samuel apontou especialmente o que Saul havia omitido.

Quando Saul viu que Samuel estava correto, ele se desculpou e culpou o povo. Samuel declarou que era Saul que havia desobedecido a ordem do Senhor.

Quando Saul percebeu que não havia ninguém mais para ele culpar, respondeu: “Pequei; honra-me, porém, agora, diante dos anciãos do meu povo e diante de Israel; e volta comigo, para que adore o Senhor, teu Deus” (I Sm 15:30).

Ele reconheceu seus pecados como muitos fazem quando são apanhados em flagrante. Entretanto, era uma tristeza do mundo, pois ele estava preocupado com a exposição de seu pecado diante dos líderes e dos homens de Israel, não porque ele havia pecado contra Deus.

Sua resposta era para guardar sua reputação e o seu reino, e seu motivo era a ambição egoísta. Como resultado, o reino que ele tentou proteger duramente da sua própria maneira foi tirado dele.

Ele temeu o homem mais do que temia a Deus. Essa é a motivação daqueles que buscam seus próprios interesses!

Agora veja o rei Davi. Ele cometeu um adultério com Bate-Seba, esposa de Urias, o heteu, o servo fiel de Davi. Quando Davi menos esperava, ela estava grávida como resultado de seu pecado; mas seu esposo não quis dormir com ela enquanto os seus homens estavam no campo de batalha.

Davi, então, colocou Urias na linha de frente da batalha e deu ordens a Joabe, o capitão, para retirar os homens de detrás dele para que os inimigos o matassem.

Davi cometeu um adultério e premeditou um assassinato para cobrir o seu pecado.

Então, ele foi confrontado pelo profeta Nata e, quando seu pecado foi exposto, “disse Davi a Nata: Pequei contra o Senhor” (II Sm 12:13).

Saul e Davi confessaram que havia pecado, mas Davi compreendeu sobre contra quem ele havia pecado e caiu com a face no chão em arrependimento.

Davi não estava preocupado com o que seus líderes ou os homens de Israel poderiam pensar dele; ele se preocupou apenas com o que Deus pensava sobre ele, pois sabia que havia machucado o coração de Deus.

Ele clamou, dizendo: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos…” (Sl 51:4) Davi era um homem segundo o coração de Deus, enquanto Saul tinha seu coração em seu próprio reino.

Davi foi sustentado pelo seu amor a Deus; Saul foi destruído pelo seu amor próprio.

A tristeza segundo Deus produz uma vida de entrega total em arrependimento a qual leva à Salvação (II Co 7:10), “Salvação”, naquele verso vem da palavra grega sozo,  que o Dicionário grego define como “cura, preservação, plenitude, integridade e libertação”.

E é essa cura que Deus quer processar em seu coração no momento que a tristeza segundo Deus gerar o verdadeiro arrependimento.

 

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