Texto básico: Gn 15:1-11
- Este texto já começa com a identificação de quem esta falando.
– Veio a palavra do Senhor a Abrão…
– Veio a palavra – expressão usada para dizer quem veio ter com Abrão, foi o próprio Deus. Por isso João diz:
– Jo 1:1 – No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus e era Deus. (NVI)
– Isso é chamado de teofania ou epifania – quando Deus aparece
– Logo em seguida, veio a promessa – Não tenhas medo, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande.
– Ouvindo isso Abrão questionou (v.2) … Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliezer?
– Deus foi claro com ele enfatizando: Não será esse o teu herdeiro (v.4)
- Ele não era judeu, era de Damasco, da Síria.
– A disposição de Abrão de usar seu servo está previsto nos Códigos da época que previa isso,
- Segundo o código de Hamurabi, 1792nan1750 a.C.
“Quando a primeira esposa de um nobre lhe gerar filhos e sua escrava também lhe gerar filhos, se o pai em vida declarar: “Estes são meus filhos” – referindo-se aos filhos que ele teve com a escrava
– então estes serão contados com os filhos de sua primeira esposa quando ele morrer. E os filhos da primeira esposa e os filhos da escrava terão direitos iguais, salvo o primogênito da primeira esposa, este terá a preferencia na partilha dos bens.
Contudo, se o pai em vida não declarar: “estes são meus filhos” – referindo-se aos filhos que ele teve com a escrava – então, após a sua morte, os filhos da escrava não receberão a partilha junto com os filhos da primeira esposa. Tanto a escrava quanto seus filhos terão direito à liberdade e os filhos da primeira esposa não terão o direito de reclamar os filhos da escrava para serem seus servos.“
- Aqui ilustra uma tentativa de Sara de entregar sua serva para não fazer parte da herança com Isaque.
- No outro código de Luse, tem outra disposição legal onde
- Abraão podia também nomear um servo para ser seu herdeiro se não tivesse filhos.
- Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. (v.4)
- Depois disso Deus o conduziu para fora da tenda (v.5)
– As tendas são feitas de pelo de cabra.
– todo tecido é feito de “trama” e “urdidura.
– fica uns buraquinhos por onde passa agua.
– O tecido das tendas tinha uns buracos maiores passa o vento para ventilar as barracas.
– Quando estava úmido, sinalizando chuva, eles se fecham e ficam impermeáveis.
– Quando está aberto, o tecido é escuro e parece com o céu, buraquinhos parecendo estrela. Os beduínos veem assim.
– Por isso Isaías 40:22 b – “… é ele quem estende os céus como cortina e os desenrola como tenda para neles habitar”
– Nessa tradição milenar, eles acreditavam que a tenda de Deus era tão velha que estava cheia de buracos mostrando a gloria de Deus.
– Abrão estava acostumado a dormir na sua tenda a ficar olhando para os buracos da tenda como se fosse estrelas.
– Por isso o Senhor o mandou que saísse.
– v.5 – Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.
– v.7 – Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra.
– v.8 – Perguntou-lhe Abrão: Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la?
– v.9 – Respondeu-lhe: toma-me uma novilha, uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola e um pombinho.
– v.10 – Ele, tomando todos estes animais, partiu-os pelo meio e lhes pôs em ordem as metades, uma defronte das outras; e não partiu as aves.
– Deus quando lhe pediu os animais não o mandou corta-los, ele cortou e posicionou em 2 filas com as metades uma de cada lado.
– O fato dele ter feito isso e Deus não tê-lo repreendido, nos faz pensar que ele estava fazendo o que era esperado, era normal, porque Deus iria fazer um pacto com Abrão.
- A arqueologia mostra vários tipos de pacto que eram feitos com os reis.
– Um deles era este: um rei soberano com um rei vassalo. Embora não exatamente igual, porque variam de lugar para lugar, mas segue um padrão.
– O rei soberano, era o superior do outro, ele conta para ele o que ele fez, tipo: “Lembra, eu sou o rei que te salvou deste fato, … vamos fazer um pacto.
– Como? Eles cortavam o animal ao meio e fazia um caminho entre as 2 partes dos animais.
– Os reis passavam pelo meio, cada um vinha de uma ponta do caminho e se encontravam no meio e dizia: que assim aconteça comigo (seja cortado ao meio) se quebrar o acordo. (cada um repetia para o outro). Na caminhada tocavam nos animais.
– outra forma de pacto – os reis caminhavam entre as partes com tochas de fogo.
– Pode parecer estranho esse acordo de paz, mas era a cultura da época.
– Hoje nossos acordos de paz e alianças são diferentes:
- Aliança no dedo, assinatura no livro – casamento
- Cumprimentando com as mãos
- Foto assinando um livro
– Deus veio para fazer um pacto com Abrão, Abrão tinha sua responsabilidade na aliança, e Deus aparece como? No fogareiro.
– v.17 – E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços.
– Só que Abrão não passou pelo meio dos animais. Por que?
– Era como se Deus falasse: Abrão, embora o pacto, aliança que tenho com você implica também uma responsabilidade de sua parte. Quem garante a penhora do pacto sou Eu.
– v.18 – Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão…
– Lembra juramento que os 2 reis faziam?
– “Se eu quebrar minha parte no acordo, seja esquartejado como esse animal em sacrifício”
– Pois é:
– Nesse caso, Abrão sabia que se esse pacto for quebrado, alguém seria esquartejado, morto como os animais.
– Deus nunca quebrou sua aliança com a humanidade, nós filhos de Abrão, uns segundo a carne, outros segundo a fé, quebramos o pacto.
– Mas quem foi sacrificado pela quebra do pacto, não foi Abrão, não foi nenhum de seus filhos, foi Jesus, Ele foi sacrificado naquela cruz.
– Jesus foi o único que passou no meio das partes dos animais (eu e o Pai somos um). Ele passou com o pai entre os animais nos representando ali.
– Embora demandasse fidelidade de minha parte, uma vez que o quebramos a aliança podemos através do arrependimento sincero, e do sangue daquele que foi sacrificado, pedir perdão a Deus e o pacto será ratificado.
- A NOVA ALIANÇA
– Por isso Jesus, na ceia diz: esta é a nova aliança do meu sangue, o novo pacto do meu sangue derramado por muitos para remissão dos pecados.
– Mt 26:26-28 – realizou a sua ultima ceia com os discípulos.
– Hoje ele veio aqui, realizar a ceia conosco, para que fique claro, onde erramos? Na quebra da aliança, do pacto, mais ele nos representou na nossa morte.