“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.” (João 15:13)
Uma das coisas mais poderosas no contexto de relacionamento é vermos que alguém se importa conosco e está disposto a tomar nossa causa. Certo dia, eu tomei a causa de um estranho, por ter visto que ele estava certo e a pessoa que o agredia estava totalmente errada; meu senso de justiça entrou em operação. Porém, o homem me perguntou: “O que eu fiz para que você tomasse meu lugar?”. Eu respondi: Nada! Só estava observando, e vi que você estava correto. Ele chorou e agradeceu. Aproveitei o gancho e mostrei a misericórdia de Deus, que é a causa maior de não sermos consumidos. “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto esperarei nele. Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.” (Lamentações de Jeremias 3:22-26)
Quando eu vejo a misericórdia do Senhor, entendo que por Sua graça e justiça Ele tomou minha causa, minha dor, minhas preocupações, meus medos, minhas doenças e enfermidades, inclusive minhas misérias e pobrezas; tudo foi uma conquista do Homem do Calvário, o Homem de DORES, que se expôs por mim. Essa ideia foi gerada no Céu e adotada na Terra dos mortais. O próprio Cristo levou os nossos pecados no Seu corpo, sobre a cruz, a fim de que morrêssemos para o pecado e vivêssemos uma vida correta. “Por meio dos ferimentos dele, vocês foram curados.” (I Pedro 2:24). Essa é uma verdade inconteste, na qual podemos nos apossar das benesses que o Senhor já conquistou para nós. Escute bem, o Homem de Dores já se expôs o suficiente para que, por meio da fé, pudéssemos desfrutar das delícias do Reino. Tenho vivido esse milagre 40 anos da minha vida e você poderá se apossar no seu histórico de todas essas promessas.
Sim, foi por você, foi por mim, foi por nós que o Homem de Dores cumpriu seu alvo e obedeceu em tudo e, claro, nos deu o direito da eternidade, pois o ato da dor foi suficiente para gerar um parto e nos dá acesso ao Céu. Com temor, eu falo: É como se a cruz fosse um útero que estivesse gerando um propósito “Igreja” – uma Noiva que, a seu tempo, pudesse se apossar de todos os seus direitos. Foi na cruz que fomos gerados. Foi na ressureição que nascemos. E podemos nos apresentar como Noiva Santa preparada para Seu Noivo. Tudo que começou no propósito do calvário vai ser concluído lá na eternidade. “E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, preparada como uma esposa adornada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apocalipse 21:2-4)